quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

CANTO AOS PÁSSAROS




Meu anseio é por ser céu.
Céu sem nuvens
Só de estrelas.
Visíveis, invisíveis,
Brilhantes ou foscas.

Sol da manhã
Pela manhã,
Quando não se vê mais as estrelas
A cena é o canto.
E nesse primeiro canto
Fica um beijo
Quando a angústia cala no segredo.
E assim cessa o tempo.

No segundo canto
Há a espera por mais um beijo.
Adentra então no tempo a dor
E fica no vácuo o desejo
De ser céu.
Céu de estrelas,
Céu sem nuvens
Céu.
Brilhante ou fosco céu
Onde cantam os pássaros.

PAM ORBACAM

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