quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

CHEGADA






Boca árida, pele gélida,
Sexo infecundo, cheiro amargo.
O olho ora, a boca oculta
E o tempo passa... E a febre passa...
E as ondas? Elas quebram
Uma atrás da outra,
Outra atrás de uma.
Ouvido e olhos viúvos de seus atos
Percebem a sutil chegada...
Vem.
Que o passado passa... E o presente é só.


PAM ORBACAM

CHEGADA






Boca árida, pele gélida,
Sexo infecundo, cheiro amargo.
O olho ora, a boca oculta
E o tempo passa... E a febre passa...
E as ondas? Elas quebram
Uma atrás da outra,
Outra atrás de uma.
Ouvido e olhos viúvos de seus atos
Percebem a sutil chegada...
Vem.
Que o passado passa... E o presente é só.


PAM ORBACAM

CANTO AOS PÁSSAROS




Meu anseio é por ser céu.
Céu sem nuvens
Só de estrelas.
Visíveis, invisíveis,
Brilhantes ou foscas.

Sol da manhã
Pela manhã,
Quando não se vê mais as estrelas
A cena é o canto.
E nesse primeiro canto
Fica um beijo
Quando a angústia cala no segredo.
E assim cessa o tempo.

No segundo canto
Há a espera por mais um beijo.
Adentra então no tempo a dor
E fica no vácuo o desejo
De ser céu.
Céu de estrelas,
Céu sem nuvens
Céu.
Brilhante ou fosco céu
Onde cantam os pássaros.

PAM ORBACAM

CANTO AOS PÁSSAROS




Meu anseio é por ser céu.
Céu sem nuvens
Só de estrelas.
Visíveis, invisíveis,
Brilhantes ou foscas.

Sol da manhã
Pela manhã,
Quando não se vê mais as estrelas
A cena é o canto.
E nesse primeiro canto
Fica um beijo
Quando a angústia cala no segredo.
E assim cessa o tempo.

No segundo canto
Há a espera por mais um beijo.
Adentra então no tempo a dor
E fica no vácuo o desejo
De ser céu.
Céu de estrelas,
Céu sem nuvens
Céu.
Brilhante ou fosco céu
Onde cantam os pássaros.

PAM ORBACAM

ABANDONO



Carbamazepina, Fluoxetina, Cloridrato de amitriptilina.
Nada disso é demais, porém, nada disso é suficiente para preencher o vazio da minha sombra refletida no vidro da janela do vizinho da frente: o perfil de uma pessoa só, com seu cigarro pendurado nos lábios.
Sem mãos, sem olhos. Uma sombra.
A pretensão de uma mente vazia com mãos e braços prazerosamente doloridos por segurar sua própria vida e a cabeça cheia! Mãos e braços vazios...
Acho que Deus colocou dedos em nossas mãos para que as coisas escorregassem por entre eles, cedo ou tarde.
Meus lábios estão secos e meu corpo vazio.
Tenho neurônios a menos sim, afinal, o álcool e as crises existenciais assassinaram meu cérebro.
É como quando nos sonhos a gente se vê correndo em "slowmotion", olhando para trás, num puta esforço e percebe que quem te persegue NÃO está em "slowmotion".
É ser caça.
É como quando nos sonhos a gente se vê no escuro tentando acender a luz e não consegue. Tentando gritar e a voz não sai.
Dor.
Monossílabo atônico.
Substantivo abstrato feminino singular.
A dor não escorrega pelas minhas “mãos humanas”.
Ar.
Ausência.
O ar que inalo é a nicotina e o alcatrão do meu cigarro.
Segredos.
Não há segredo que não possa ser desvendado, a não ser o seu próprio.
Céu vazio. Nem lua nem estrelas. Eu no espaço vazio que minha mente preenche mediante tamanho, absurdo, inexplicável e estimado silêncio.
Dorme, meu bem. Dorme teu sono tranqüilo.
Dorme, que a pupila do meu olho se dilata e no escuro eu enxergo mais.
O medo? O medo é para as presas.




PAM ORBACAM

ABANDONO



Carbamazepina, Fluoxetina, Cloridrato de amitriptilina.
Nada disso é demais, porém, nada disso é suficiente para preencher o vazio da minha sombra refletida no vidro da janela do vizinho da frente: o perfil de uma pessoa só, com seu cigarro pendurado nos lábios.
Sem mãos, sem olhos. Uma sombra.
A pretensão de uma mente vazia com mãos e braços prazerosamente doloridos por segurar sua própria vida e a cabeça cheia! Mãos e braços vazios...
Acho que Deus colocou dedos em nossas mãos para que as coisas escorregassem por entre eles, cedo ou tarde.
Meus lábios estão secos e meu corpo vazio.
Tenho neurônios a menos sim, afinal, o álcool e as crises existenciais assassinaram meu cérebro.
É como quando nos sonhos a gente se vê correndo em "slowmotion", olhando para trás, num puta esforço e percebe que quem te persegue NÃO está em "slowmotion".
É ser caça.
É como quando nos sonhos a gente se vê no escuro tentando acender a luz e não consegue. Tentando gritar e a voz não sai.
Dor.
Monossílabo atônico.
Substantivo abstrato feminino singular.
A dor não escorrega pelas minhas “mãos humanas”.
Ar.
Ausência.
O ar que inalo é a nicotina e o alcatrão do meu cigarro.
Segredos.
Não há segredo que não possa ser desvendado, a não ser o seu próprio.
Céu vazio. Nem lua nem estrelas. Eu no espaço vazio que minha mente preenche mediante tamanho, absurdo, inexplicável e estimado silêncio.
Dorme, meu bem. Dorme teu sono tranqüilo.
Dorme, que a pupila do meu olho se dilata e no escuro eu enxergo mais.
O medo? O medo é para as presas.




PAM ORBACAM

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sai da Cruz!

Hoje eu quero prestar uma homenagem ao colega ausente Elio Camalle (não, ele não morreu) , exímio compositor e cantor, intérprete que arrepia os pelinhos e não me canso de ouvir.
Elio, teu talento é inquestionável. Tua voz acalento para os ouvidos. Tua falta de organização muito engraçada e teu bom humor faz sorrir qualquer carinha enfezada.
A história de "Sai da Cruz" no projeto Rede Cultural tornou-se histórica. Admiro tua autenticidade e ousadia.
Sinto saudade. Teu lugar é no céu, junto às estrelas.
Grande beijo,

Pam Orbacam





Sai da Cruz!

Hoje eu quero prestar uma homenagem ao colega ausente Elio Camalle (não, ele não morreu) , exímio compositor e cantor, intérprete que arrepia os pelinhos e não me canso de ouvir.
Elio, teu talento é inquestionável. Tua voz acalento para os ouvidos. Tua falta de organização muito engraçada e teu bom humor faz sorrir qualquer carinha enfezada.
A história de "Sai da Cruz" no projeto Rede Cultural tornou-se histórica. Admiro tua autenticidade e ousadia.
Sinto saudade. Teu lugar é no céu, junto às estrelas.
Grande beijo,

Pam Orbacam





segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

CICLO





Minha irmã tem "frases de épocas". Cada tempo ela aparece com uma frase, que é a frase da fase em que está passando.
A frase dela desta época é: "Tudo tem um ciclo".
E eis o ciclo. Parece praga. Há tempos havia apagado da memória o prazer e o desgosto de um copo de destilado, teclado e cigarros.
Como o ser humano é vulnerável.
Estou só, apenas na companhia do álcool, cigarro e teclado, da mesma forma como abri o meu primeiro blog.
Diversas vezes excluí contas e blogs e hoje estou aqui, escrevendo no meu enézimo blog, ao lado de um destilado 12 anos e cigarros, assim como no início...
É como se o tempo não passasse, mas eu o vejo nas pregas do rosto. Ele passa.
Meus seios já não são mais os mesmos, mas minha sede por vida é tão grande quanto pela morte.
Meu relógio é o gelo que derrete no copo. É a prova que o tempo passa e que o ciclo está aí.
Odeio ter que concordar com minha irmã, mas a frase da época faz sentido. Volto a passar a virada de ano sozinha. Chove. O som das goteiras é grotesco, dói no ouvido.
Bebo, fumo, escrevo e continuo não conseguindo escrever por encomenda. Meu próximo tema é "lembrança", e o prazo máximo é dia 04 de janeiro.
A arte é alimento e tortura. Eu quero, mas o gelo derrete. O tempo passa e eu volto a beber, fumar e escrever, mas não sob encomenda. Coloco gelo no copo, mas ele derrete.
Planejo, nao concretizo. Prometo, não cumpro.
Não lembro, o passado esfrega seu corpo rude na minha cara dizendo: "é um ciclo".
Como ainda posso estar aqui? Que tédio reviver tudo o que foi vivido!
Consolo? A garrafa de vinho ainda não aberta e a esperança de que haja cigarros no bar mais próximo.


PAM ORBACAM

CICLO





Minha irmã tem "frases de épocas". Cada tempo ela aparece com uma frase, que é a frase da fase em que está passando.
A frase dela desta época é: "Tudo tem um ciclo".
E eis o ciclo. Parece praga. Há tempos havia apagado da memória o prazer e o desgosto de um copo de destilado, teclado e cigarros.
Como o ser humano é vulnerável.
Estou só, apenas na companhia do álcool, cigarro e teclado, da mesma forma como abri o meu primeiro blog.
Diversas vezes excluí contas e blogs e hoje estou aqui, escrevendo no meu enézimo blog, ao lado de um destilado 12 anos e cigarros, assim como no início...
É como se o tempo não passasse, mas eu o vejo nas pregas do rosto. Ele passa.
Meus seios já não são mais os mesmos, mas minha sede por vida é tão grande quanto pela morte.
Meu relógio é o gelo que derrete no copo. É a prova que o tempo passa e que o ciclo está aí.
Odeio ter que concordar com minha irmã, mas a frase da época faz sentido. Volto a passar a virada de ano sozinha. Chove. O som das goteiras é grotesco, dói no ouvido.
Bebo, fumo, escrevo e continuo não conseguindo escrever por encomenda. Meu próximo tema é "lembrança", e o prazo máximo é dia 04 de janeiro.
A arte é alimento e tortura. Eu quero, mas o gelo derrete. O tempo passa e eu volto a beber, fumar e escrever, mas não sob encomenda. Coloco gelo no copo, mas ele derrete.
Planejo, nao concretizo. Prometo, não cumpro.
Não lembro, o passado esfrega seu corpo rude na minha cara dizendo: "é um ciclo".
Como ainda posso estar aqui? Que tédio reviver tudo o que foi vivido!
Consolo? A garrafa de vinho ainda não aberta e a esperança de que haja cigarros no bar mais próximo.


PAM ORBACAM

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O QUE E BONITO?

O que é bonito,
É o que persegue o infinito mas eu não sou,
eu não sou não
Eu gosto é do inacabado, o imperfeito, o estragado que dançou,

Eu quero mais erosão menos granito
Namorar o zero e o não e escrever tudo o que desprezo e desprezar tudo que acredito
Eu não quero gravação não eu quero o grito

Que a gente vai e fica a obra, mas eu persigo o que falta
não o que sobra
Eu quero tudo que dá e passa, quero tudo que se despe, se despede e despedaça.



O QUE E BONITO?

O que é bonito,
É o que persegue o infinito mas eu não sou,
eu não sou não
Eu gosto é do inacabado, o imperfeito, o estragado que dançou,

Eu quero mais erosão menos granito
Namorar o zero e o não e escrever tudo o que desprezo e desprezar tudo que acredito
Eu não quero gravação não eu quero o grito

Que a gente vai e fica a obra, mas eu persigo o que falta
não o que sobra
Eu quero tudo que dá e passa, quero tudo que se despe, se despede e despedaça.



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal





Contar histórias,
Perder a memória,
Dobrar os joelhos,
Ouvir a música,
Calar a voz.
Embriagar os neurônios,
Cigarro nos lábios.
Fecho os olhos,
Em posição fetal.
Feliz Natal.


Pam Orbacam

Natal





Contar histórias,
Perder a memória,
Dobrar os joelhos,
Ouvir a música,
Calar a voz.
Embriagar os neurônios,
Cigarro nos lábios.
Fecho os olhos,
Em posição fetal.
Feliz Natal.


Pam Orbacam

sábado, 19 de dezembro de 2009

COISAS DO COTIDIANO





Não sinto gosto.
Não sinto cheiro.
Tenho três calos na palma da mão direita que teimam em engrossar a cada dia que passa.
Minhas unhas estão tortas. Não tenho vontade de arrumá-las. Elas crescem, assim como meus três calos da palma da mão direita.
Eu não quero mais que elas cresçam. Nem meus calos. Mas eles crescem.
Finjo não ver, mas quebro as unhas tentando arrancar meus calos.
Arranco os calos e quebro as unhas, mas ambos voltam a crescer, então é necessária uma rotina meticulosamente organizada para que os calos não cresçam em demasia a ponto de quebrar minhas unhas sem que eu consiga arrancá-los.
O vício maldito de passar a língua nos cantos da boca é porque me apavora a idéia de acumular secreções embranquecidas viscosas.
Tento fazer isso discretamente, mas o vício é tão intenso que SEI que acabo por repetir o movimento a cada trinta segundos.
Não bebo água. Deveria, mas não bebo. Continuo urinando. Será que vou secar?
O lado interno da minha bochecha esquerda é áspero. Eu como minha bochecha esquerda, mas ela não tem gosto.
Meus dentes estão esfarelando. Deve ser por isso que não sinto gosto. Acabo por engolir a comida sem mastigá-la.
A máscara de pepino serve de escudo contra as possíveis agressões externas.
As pessoas são más.
Cruzo as pernas. O sangue não circula. A perna formiga e as veias azuis estão cada vez mais visíveis.
Fisicamente dói, mas não importa.
Me incomoda a possibilidade de super exposição genital, mesmo que revestida por algodão.
Meus contatos são virtuais, o que se sugere uma situação extremamente providencial diante de minha falta de tolerância com o ser humano. Quando encho, desligo.
Eu não desligo. A intensidade das minhas sensações e sentimentos circulam à direção de piloto automático.
Minha aversão ao ser humano é consequência da decepção constante e inevitável de quase quarenta anos de contato.
Eu espero que as pessoas sempre tentem dar o melhor de si em tudo o que fazem, assim como eu, mas elas sempre falham.
O ser humano veio com defeito de fabricação.
As pessoas dizem que eu sou insuportável, que eu incomodo. Ótimo.
Fiquem longe de mim.
Fico com meus calos e meus vícios. Eles são teimosos como eu.
Sou feliz.





PAM ORBACAM

COISAS DO COTIDIANO





Não sinto gosto.
Não sinto cheiro.
Tenho três calos na palma da mão direita que teimam em engrossar a cada dia que passa.
Minhas unhas estão tortas. Não tenho vontade de arrumá-las. Elas crescem, assim como meus três calos da palma da mão direita.
Eu não quero mais que elas cresçam. Nem meus calos. Mas eles crescem.
Finjo não ver, mas quebro as unhas tentando arrancar meus calos.
Arranco os calos e quebro as unhas, mas ambos voltam a crescer, então é necessária uma rotina meticulosamente organizada para que os calos não cresçam em demasia a ponto de quebrar minhas unhas sem que eu consiga arrancá-los.
O vício maldito de passar a língua nos cantos da boca é porque me apavora a idéia de acumular secreções embranquecidas viscosas.
Tento fazer isso discretamente, mas o vício é tão intenso que SEI que acabo por repetir o movimento a cada trinta segundos.
Não bebo água. Deveria, mas não bebo. Continuo urinando. Será que vou secar?
O lado interno da minha bochecha esquerda é áspero. Eu como minha bochecha esquerda, mas ela não tem gosto.
Meus dentes estão esfarelando. Deve ser por isso que não sinto gosto. Acabo por engolir a comida sem mastigá-la.
A máscara de pepino serve de escudo contra as possíveis agressões externas.
As pessoas são más.
Cruzo as pernas. O sangue não circula. A perna formiga e as veias azuis estão cada vez mais visíveis.
Fisicamente dói, mas não importa.
Me incomoda a possibilidade de super exposição genital, mesmo que revestida por algodão.
Meus contatos são virtuais, o que se sugere uma situação extremamente providencial diante de minha falta de tolerância com o ser humano. Quando encho, desligo.
Eu não desligo. A intensidade das minhas sensações e sentimentos circulam à direção de piloto automático.
Minha aversão ao ser humano é consequência da decepção constante e inevitável de quase quarenta anos de contato.
Eu espero que as pessoas sempre tentem dar o melhor de si em tudo o que fazem, assim como eu, mas elas sempre falham.
O ser humano veio com defeito de fabricação.
As pessoas dizem que eu sou insuportável, que eu incomodo. Ótimo.
Fiquem longe de mim.
Fico com meus calos e meus vícios. Eles são teimosos como eu.
Sou feliz.





PAM ORBACAM

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009





Quando olhaste bem nos olhos meus

E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei

Eu te estranhei, me debrucei Sobre o teu corpo e duvidei

E me arrastei, e te arranhei

E me agarrei nos teus cabelos

No teu peito, teu pijama

Nos teus pés, ao pé da cama

Sem carinho, sem coberta

No tapete atrás da porta

Reclamei baixinho

Dei prá maldizer o nosso lar

Pra sujar teu nome, te humilhar

E me vingar a qualquer preço

Te adorando pelo avesso

Pra mostrar que ainda sou tua

Até provar que ainda sou tua.




Quando olhaste bem nos olhos meus

E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei

Eu te estranhei, me debrucei Sobre o teu corpo e duvidei

E me arrastei, e te arranhei

E me agarrei nos teus cabelos

No teu peito, teu pijama

Nos teus pés, ao pé da cama

Sem carinho, sem coberta

No tapete atrás da porta

Reclamei baixinho

Dei prá maldizer o nosso lar

Pra sujar teu nome, te humilhar

E me vingar a qualquer preço

Te adorando pelo avesso

Pra mostrar que ainda sou tua

Até provar que ainda sou tua.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sexta-feira à noite




Sexta-feira à noite

os homens acariciam o clitóris das esposas

com dedos molhados de saliva.

O mesmo gesto com que todos os dias

contam dinheiro papéis documentos

e folheiam nas revistas

a vida dos seus ídolos.



Sexta-feira à noite

os homens penetram suas esposas

com tédio e pênis.

O mesmo tédio com que todos os dias

enfiam o carro na garagem

o dedo no nariz

e metem a mão no bolso

para coçar o saco.



Sexta-feira à noite

os homens ressonam de borco

enquanto as mulheres no escuro

encaram seu destino

e sonham com o príncipe encantado.






Marina Colasanti

Sexta-feira à noite




Sexta-feira à noite

os homens acariciam o clitóris das esposas

com dedos molhados de saliva.

O mesmo gesto com que todos os dias

contam dinheiro papéis documentos

e folheiam nas revistas

a vida dos seus ídolos.



Sexta-feira à noite

os homens penetram suas esposas

com tédio e pênis.

O mesmo tédio com que todos os dias

enfiam o carro na garagem

o dedo no nariz

e metem a mão no bolso

para coçar o saco.



Sexta-feira à noite

os homens ressonam de borco

enquanto as mulheres no escuro

encaram seu destino

e sonham com o príncipe encantado.






Marina Colasanti

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Inclusão Social na Escola: Mito ou Realidade?

A Litteris Editora e a Instituição de Ensino Gama e Souza estão promovendo o Concurso Literário “A Inclusão Social na Escola: Mito ou Realidade?”, no qual escritores, amadores e profissionais poderão escrever sobre o tema INCLUSÃO SOCIAL NA ESCOLA.
Especialmente para esse concurso, onde só poderão concorrer obras inéditas, em língua portuguesa, cada participante poderá inscrever até 2 (duas) obras, com um máximo de 60 (sessenta) linhas cada uma, em todos os gêneros literários.
As obras poderão ser enviadas até o dia 31 de dezembro de 2009 (vale como comprovante de envio o carimbo postal ou a data do e-mail) para e-mail concursos@litteris.com.br (caso você não consiga enviar pelo formulário) ou para a sede da Editora, na Av. Presidente Vargas, 962/1411 - Centro - 20071-002- Rio de Janeiro - RJ (válido carimbo postal) ou ainda para a Caixa Postal 150 - 20001-970 - Rio de Janeiro - RJ (válido carimbo postal). Ao enviar suas obras por correio, envie junto o seu nome completo, pseudônimo, endereço de correspondência e telefone de contato.
Maiores informações em www.litteris.com.br ou pelo telefone (21) 2223-0030.


Por Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha

A Inclusão Social na Escola: Mito ou Realidade?

A Litteris Editora e a Instituição de Ensino Gama e Souza estão promovendo o Concurso Literário “A Inclusão Social na Escola: Mito ou Realidade?”, no qual escritores, amadores e profissionais poderão escrever sobre o tema INCLUSÃO SOCIAL NA ESCOLA.
Especialmente para esse concurso, onde só poderão concorrer obras inéditas, em língua portuguesa, cada participante poderá inscrever até 2 (duas) obras, com um máximo de 60 (sessenta) linhas cada uma, em todos os gêneros literários.
As obras poderão ser enviadas até o dia 31 de dezembro de 2009 (vale como comprovante de envio o carimbo postal ou a data do e-mail) para e-mail concursos@litteris.com.br (caso você não consiga enviar pelo formulário) ou para a sede da Editora, na Av. Presidente Vargas, 962/1411 - Centro - 20071-002- Rio de Janeiro - RJ (válido carimbo postal) ou ainda para a Caixa Postal 150 - 20001-970 - Rio de Janeiro - RJ (válido carimbo postal). Ao enviar suas obras por correio, envie junto o seu nome completo, pseudônimo, endereço de correspondência e telefone de contato.
Maiores informações em www.litteris.com.br ou pelo telefone (21) 2223-0030.


Por Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

FEL



Não bebo coisas doces.

Gosto dos líquidos assim, como eles são:

Quase sem açúcar, quase sem sabor.

Prefiro o mínimo sabor de suas essências ao açúcar.

Não há açúcar que adoce minha boca.

Hoje bebo chá sem açúcar

Café sem açúcar.

O sabor amargo do café

Combina com o gosto que sinto na boca.

A vida é um líquido

Escorre por entre os dedos sem que eu consiga segurá-la.

É às vezes insossa e às vezes amarga.

Assim como os sabores na minha boca.

Fel.





Pam Orbacam

FEL



Não bebo coisas doces.

Gosto dos líquidos assim, como eles são:

Quase sem açúcar, quase sem sabor.

Prefiro o mínimo sabor de suas essências ao açúcar.

Não há açúcar que adoce minha boca.

Hoje bebo chá sem açúcar

Café sem açúcar.

O sabor amargo do café

Combina com o gosto que sinto na boca.

A vida é um líquido

Escorre por entre os dedos sem que eu consiga segurá-la.

É às vezes insossa e às vezes amarga.

Assim como os sabores na minha boca.

Fel.





Pam Orbacam

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Banheiro, o Aquário e o Enforcado.






O banheiro era grande. O maior que já havia visto. Vaso sanitário em um dos cantos, pia mais ao lado, chuveiro no outro canto e para minha surpresa ao lado do interruptor... um aquário.
Acendi a luz. O aquário era grande, nenhum peixe.
Conectei o fio à tomada. Automaticamente a bomba engatou primeira e a luz interna acendeu a água.
Um super banheiro com um super aquário super iluminado ... sem peixes.
Desliguei o interruptor e somente a luz do aquário passou a iluminar aquele enorme banheiro.
Um enorme banheiro, com um vaso sanitário em um canto, a pia mais ao lado e o chuveiro no outro canto.
A água do aquário borbulhava sem peixes e a luz do aquário invadia o enorme banheiro.
Fiquei imaginando onde é que aquele homem havia se enforcado, quando antes aquele enorme banheiro era um quarto.
Fiquei imaginando se naquele dia que fora outro dia, naquele local que outrora fora um quarto, se hoje, presente banheiro à luz de um aquário sem peixes borbulhante, aquele homem se enforcaria...
Penso que sim. Porque o aquário é iluminado, borbulhante, mas não tem peixes.
Enfim, de qualquer forma ele está ali dentro do banheiro, que antes era um quarto, sob a luz do aquário borbulhante, ainda com a corda pendurada no pescoço, provavelmente observando a inevitável e incômoda ausência de peixes.



Pam Orbacam

O Banheiro, o Aquário e o Enforcado.






O banheiro era grande. O maior que já havia visto. Vaso sanitário em um dos cantos, pia mais ao lado, chuveiro no outro canto e para minha surpresa ao lado do interruptor... um aquário.
Acendi a luz. O aquário era grande, nenhum peixe.
Conectei o fio à tomada. Automaticamente a bomba engatou primeira e a luz interna acendeu a água.
Um super banheiro com um super aquário super iluminado ... sem peixes.
Desliguei o interruptor e somente a luz do aquário passou a iluminar aquele enorme banheiro.
Um enorme banheiro, com um vaso sanitário em um canto, a pia mais ao lado e o chuveiro no outro canto.
A água do aquário borbulhava sem peixes e a luz do aquário invadia o enorme banheiro.
Fiquei imaginando onde é que aquele homem havia se enforcado, quando antes aquele enorme banheiro era um quarto.
Fiquei imaginando se naquele dia que fora outro dia, naquele local que outrora fora um quarto, se hoje, presente banheiro à luz de um aquário sem peixes borbulhante, aquele homem se enforcaria...
Penso que sim. Porque o aquário é iluminado, borbulhante, mas não tem peixes.
Enfim, de qualquer forma ele está ali dentro do banheiro, que antes era um quarto, sob a luz do aquário borbulhante, ainda com a corda pendurada no pescoço, provavelmente observando a inevitável e incômoda ausência de peixes.



Pam Orbacam

MILIVERSOS




O verbo orvalhou,

De uma gota

Nasceu o verso.

Lapidado e precioso,

Medido, quantificado, envasado

Pelas penas do poeta amoroso.



Mas isso não é tudo,

Grito

Pelo subverso!

Grito pela verborragia!

Pela hemorragia na poesia!

Subversivo supraverso!



Verso, converso:

Subverter a ordem

Dita natural da coisas;

Nenhuma ordem é natural,

A desordem é fundamental.



Como o universo

De uma explosão,

Toda ordem

Nasceu do caos.



Como os fragmentos de uma granada,

Miliversos esparramados pela sala,

Pelas ruas,

Carregados pelo vento,

Semeando tempestade

Dentro dos pensamentos.



Primeiro a poesia,

Depois a ordem.



Qualquer ordem

Pode ser subvertida,

Ao verso submetida,

Subversos,

Supraversos



Versejantes e travessos

Verdejantes e transversos.



Versos

Do avesso,

Versus o uníssono

Coro dos tolos.



Antes a poesia,

Depois o dia-a-dia.

Primeiro a poesia,

Segundo a anarquia.



Desuniverso,

Reverso,

Inverso.

Revolver os versos

Em busca de perguntas.



A poesia irriquieta

Irriga os espíritos questionadores,

Irrita,

Espezinha,

Insufla,

Até estes encontrarem

O que vai além

Dos cacos

Que chamam de paz.



Não é paz,

É chama,

Inflama,

Respira,

Inspira.

Poesia espiratadeira de almas.



Atravesso agora,

Na hora do adeus,

Tudo o que disse antes,

E lhe desejo,

Fica com Deus.



Eu posso,

Sou mutante.

Sou poeta,

Sou errante.



Seta sem alvo,

Voando a esmo.

Jamais me ouça,

Versão louca

De mim mesmo.



Paulo D"Auria

MILIVERSOS




O verbo orvalhou,

De uma gota

Nasceu o verso.

Lapidado e precioso,

Medido, quantificado, envasado

Pelas penas do poeta amoroso.



Mas isso não é tudo,

Grito

Pelo subverso!

Grito pela verborragia!

Pela hemorragia na poesia!

Subversivo supraverso!



Verso, converso:

Subverter a ordem

Dita natural da coisas;

Nenhuma ordem é natural,

A desordem é fundamental.



Como o universo

De uma explosão,

Toda ordem

Nasceu do caos.



Como os fragmentos de uma granada,

Miliversos esparramados pela sala,

Pelas ruas,

Carregados pelo vento,

Semeando tempestade

Dentro dos pensamentos.



Primeiro a poesia,

Depois a ordem.



Qualquer ordem

Pode ser subvertida,

Ao verso submetida,

Subversos,

Supraversos



Versejantes e travessos

Verdejantes e transversos.



Versos

Do avesso,

Versus o uníssono

Coro dos tolos.



Antes a poesia,

Depois o dia-a-dia.

Primeiro a poesia,

Segundo a anarquia.



Desuniverso,

Reverso,

Inverso.

Revolver os versos

Em busca de perguntas.



A poesia irriquieta

Irriga os espíritos questionadores,

Irrita,

Espezinha,

Insufla,

Até estes encontrarem

O que vai além

Dos cacos

Que chamam de paz.



Não é paz,

É chama,

Inflama,

Respira,

Inspira.

Poesia espiratadeira de almas.



Atravesso agora,

Na hora do adeus,

Tudo o que disse antes,

E lhe desejo,

Fica com Deus.



Eu posso,

Sou mutante.

Sou poeta,

Sou errante.



Seta sem alvo,

Voando a esmo.

Jamais me ouça,

Versão louca

De mim mesmo.



Paulo D"Auria

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

OUTRAS PALAVRAS - POÉTICAS DES-DO-BRA-DAS

CASA DA PALAVRA – ESCOLA LIVRE DE LITERATURA - PRAÇA DO CARMO, 171, CENTRO – SANTO ANDRÉ, SP - TELEFONE: (11) 4992-7218


OUTRAS PALAVRAS - POÉTICAS DES-DO-BRA-DAS
QUARTA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2009. A PARTIR DAS 19H00

Diálogo entre as diversas realidades poéticas. Palavras & trocas artísticas, leituras, performance, intervenção musical, poesia, dança, diálogo afro-caiçara-suburbano. Diálogo multi-linguagem a abordar e desdobrar o corpo, a cidade, os outros corpos, e as outras cidades. Convidados: Edson Bueno de Camargo, Henrique Krispim, José Geraldo Neres, Jorge de Barros, Kiusam de Oliveira, Pierina Ballarini (Projeto AURORA), grupo Percutindo Mundos, Rádi Oliveira, e Rodrigo Basan.
Saiba mais sobre os convidados:

EDSON BUENO DE CAMARGO nasceu em Santo André (SP) em 1962 e mora em Mauá (SP). Publicou: De Lembranças & Fórmulas Mágicas (Edições Tigre Azul/FAC Mauá 2007); O Mapa do Abismo e Outros Poemas (Edições Tigre Azul/ FAC Mauá -2006), Poemas do Século Passado-1982-2000 e participou de algumas antologias poéticas. Participa do grupo poético/literário Taba de Corumbê da cidade de Mauá - 1º lugar nacional - 4º CONCURSO LITERÁRIO DE SUZANO, Categoria Poesia (2008) e 1º lugar do PRÊMIO OFF-FLIP DE LITERATURA 2006, categoria Poesia.
http://umalagartadefogo.blogspot.com/

HENRIQUE KRISPIM é músico, compositor, poeta e atua no Grande ABC há mais de 8 anos. Participa do Clube Caiubi de Compositores, tendo se apresentado nos Festivais Internacionais da Canção em São Paulo. Recebeu o Prêmio Cantores de Andrade e menção honrosa no Mapa Cultural Paulista em 2005 e 2006, nas categorias de Canto Coral, como regente e defendendo suas canções. Coordena o Grupo Pierrot Não é Palhaço e está produzindo o CD de seu trabalho solo intitulado o Livro de Krisna, Cristo e Dionísio, que traz parcerias com compositores e poetas da região, como José Geraldo Neres e Cláudio Willer.
http://www.myspace.com/henriquekrispim

JOSÉ GERALDO NERES (Garça SP, 1966) - Poeta, ficcionista, roteirista, autor dos livros Outros silêncios, (poesia, Escrituras Editora, 2009), Prêmio Programa de Ação Cultural - ProAC - Concurso de Apoio a Projetos de Publicação de Livros no Estado de São Paulo, 2008 e Pássaros de papel (Projeto Dulcinéia Catadora, edição artesanal, SP, 2007). Atua na área de Gestão Cultural, como produtor cultural, arte-educador, ministrando oficinas literárias, ênfase em criação literária e estímulo à leitura. Co-fundador do Grupo Palavreiros.
http://neres-outrossilencios.blogspot.com/
http://www.palavreiros.org/josegeraldoneres.htm

JORGE DE BARROS, tem 29 anos, nasceu em Santo André (SP), mas, conforme os costumes nordestinos, seu embigo foi enterrado no terreiro de casa em Mauá (SP). Formado em Letras, leciona há seis anos. É também blogueiro, cineclubista, contista, sindicalista e estudante de Ciências Sociais. Comete versos já há algum tempo, mas vem fazendo isso publicamente no http://ooficiodoocio.blogspot.com

KIUSAM DE OLIVEIRA (Santo André - SP, 1965) - Pedagoga, bailarina, coreógrafa, Doutora em Educação e Mestre em Psicologia (USP). Atua como gestora pública na Secretaria de Educação de Diadema, arte-educadora ministrando oficinas sobre empoderamento feminino a partir da pedagogia da afrodescendência através da Dança Mítica dos Orixás. Especialista nas temáticas racial e de gênero e autora da coleção infanto-juvenil "Omo-Obás: Histórias de Princesas", Mazza Edições (2009).
http://pretakiuagita.blogspot.com/

PIERINA BALLARINI é atriz formada pela Escola Livre de Santo André. Atua em teatro e música na região do ABC e São Paulo há dez anos. Já trabalhou com a Cia do Nó e com a Cia CaraPulsa além de fazer participações especiais com bandas como Pedra Branca, Uafro, Batikumbá entre outras. Seu trabalho como cantora e compositora desenvolveu-se paralelamente ao teatro embora a pesquisa de Pierina tenha procurado cada vez mais unir as linguagens todas no mesmo palco, ou na mesma rua, já que um dos princípios que a norteiam é atenuar a linha que separa o real do imaginário, do lúdico, de modo que o público possa usufruir de forma mais plena e livre do fazer artístico. Assim, sua pesquisa com a poesia, teatro, danças, música e até o áudio-visual (cuja exploração é mais recente) se deram muitas vezes em ambientes alternativos, em bares, raves, ruas e outros. Atualmente dedica-se ao show AURORA onde procura agregar todas as vertentes de sua pesquisa tendo como temática o momento de transformação intensa que o mundo está passando.
www.myspace.com/projetoaurora
http://projetoaurora.blogspot.com/

PERCUTINDO MUNDOS é um projeto experimental de música contemporânea caiçara que trabalha com o universo da percussão, poesia e filosofia. As composições obedecem a uma linha de percussão melódica, minimalista e tribal, refletindo a condição humana e suas relações entre ancestralidade e contemporaneidade. Márcio Barreto (composição, luthieria, voz, percussão, flauta, escaleta, rabeca), Fernando Santos (percussão), Paulo Infante (voz, percussão), Thais de Freitas (voz, percussão), Galeno Malfatti (luthieria, percussão).
http://percutindomundos.blogspot.com/


RÁDI OLIVEIRA - A autora por ela mesma: "Brasil, nordeste, mulher, negra, eu sou... além, amém." Era abril, tarde de 1980 quando nasci filha de Santo Amaro da Purificação-terra de Araújo, Bethania, Veloso... e Besouro Cordão de Ouro. Quando menina, seguindo meu pai, me perdi em Minas, Ceará, Paraná, em tantos lugares, e se deu em janeiro, tarde quase noite de 1995 quando me achei em Diadema. Para escrever Palavreiros e cantar Formigueiro, meu ser entre'versos foi se revelando humanamente melhor. Atualmente participa da organização de saraus no CEU – Alvarenga.
http://www.palavreiros.org/radi_oliveira.htm

RODRIGO BASAN, artista nascido em sampa, estreou na vida em 01/01/1982. Cresceu com influência de muita música. Apreciava desde infância (através dos long players), artistas como Maria Bethânia, Bebeto, Paulinho boca de cantor. Muito samba rock, entre outros. Autodidata, começou a carreira artística em meados de 1998 em grupos de samba... grupo erudito como o grão de mostarda, linha gospel, e finalmente na MPB. "Com sua voz grave e aveludada" e seu inseparável violão, segue com sua paixão pela música interpretando artistas renomados e suas composições.

OUTRAS PALAVRAS - POÉTICAS DES-DO-BRA-DAS

CASA DA PALAVRA – ESCOLA LIVRE DE LITERATURA - PRAÇA DO CARMO, 171, CENTRO – SANTO ANDRÉ, SP - TELEFONE: (11) 4992-7218


OUTRAS PALAVRAS - POÉTICAS DES-DO-BRA-DAS
QUARTA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2009. A PARTIR DAS 19H00

Diálogo entre as diversas realidades poéticas. Palavras & trocas artísticas, leituras, performance, intervenção musical, poesia, dança, diálogo afro-caiçara-suburbano. Diálogo multi-linguagem a abordar e desdobrar o corpo, a cidade, os outros corpos, e as outras cidades. Convidados: Edson Bueno de Camargo, Henrique Krispim, José Geraldo Neres, Jorge de Barros, Kiusam de Oliveira, Pierina Ballarini (Projeto AURORA), grupo Percutindo Mundos, Rádi Oliveira, e Rodrigo Basan.
Saiba mais sobre os convidados:

EDSON BUENO DE CAMARGO nasceu em Santo André (SP) em 1962 e mora em Mauá (SP). Publicou: De Lembranças & Fórmulas Mágicas (Edições Tigre Azul/FAC Mauá 2007); O Mapa do Abismo e Outros Poemas (Edições Tigre Azul/ FAC Mauá -2006), Poemas do Século Passado-1982-2000 e participou de algumas antologias poéticas. Participa do grupo poético/literário Taba de Corumbê da cidade de Mauá - 1º lugar nacional - 4º CONCURSO LITERÁRIO DE SUZANO, Categoria Poesia (2008) e 1º lugar do PRÊMIO OFF-FLIP DE LITERATURA 2006, categoria Poesia.
http://umalagartadefogo.blogspot.com/

HENRIQUE KRISPIM é músico, compositor, poeta e atua no Grande ABC há mais de 8 anos. Participa do Clube Caiubi de Compositores, tendo se apresentado nos Festivais Internacionais da Canção em São Paulo. Recebeu o Prêmio Cantores de Andrade e menção honrosa no Mapa Cultural Paulista em 2005 e 2006, nas categorias de Canto Coral, como regente e defendendo suas canções. Coordena o Grupo Pierrot Não é Palhaço e está produzindo o CD de seu trabalho solo intitulado o Livro de Krisna, Cristo e Dionísio, que traz parcerias com compositores e poetas da região, como José Geraldo Neres e Cláudio Willer.
http://www.myspace.com/henriquekrispim

JOSÉ GERALDO NERES (Garça SP, 1966) - Poeta, ficcionista, roteirista, autor dos livros Outros silêncios, (poesia, Escrituras Editora, 2009), Prêmio Programa de Ação Cultural - ProAC - Concurso de Apoio a Projetos de Publicação de Livros no Estado de São Paulo, 2008 e Pássaros de papel (Projeto Dulcinéia Catadora, edição artesanal, SP, 2007). Atua na área de Gestão Cultural, como produtor cultural, arte-educador, ministrando oficinas literárias, ênfase em criação literária e estímulo à leitura. Co-fundador do Grupo Palavreiros.
http://neres-outrossilencios.blogspot.com/
http://www.palavreiros.org/josegeraldoneres.htm

JORGE DE BARROS, tem 29 anos, nasceu em Santo André (SP), mas, conforme os costumes nordestinos, seu embigo foi enterrado no terreiro de casa em Mauá (SP). Formado em Letras, leciona há seis anos. É também blogueiro, cineclubista, contista, sindicalista e estudante de Ciências Sociais. Comete versos já há algum tempo, mas vem fazendo isso publicamente no http://ooficiodoocio.blogspot.com

KIUSAM DE OLIVEIRA (Santo André - SP, 1965) - Pedagoga, bailarina, coreógrafa, Doutora em Educação e Mestre em Psicologia (USP). Atua como gestora pública na Secretaria de Educação de Diadema, arte-educadora ministrando oficinas sobre empoderamento feminino a partir da pedagogia da afrodescendência através da Dança Mítica dos Orixás. Especialista nas temáticas racial e de gênero e autora da coleção infanto-juvenil "Omo-Obás: Histórias de Princesas", Mazza Edições (2009).
http://pretakiuagita.blogspot.com/

PIERINA BALLARINI é atriz formada pela Escola Livre de Santo André. Atua em teatro e música na região do ABC e São Paulo há dez anos. Já trabalhou com a Cia do Nó e com a Cia CaraPulsa além de fazer participações especiais com bandas como Pedra Branca, Uafro, Batikumbá entre outras. Seu trabalho como cantora e compositora desenvolveu-se paralelamente ao teatro embora a pesquisa de Pierina tenha procurado cada vez mais unir as linguagens todas no mesmo palco, ou na mesma rua, já que um dos princípios que a norteiam é atenuar a linha que separa o real do imaginário, do lúdico, de modo que o público possa usufruir de forma mais plena e livre do fazer artístico. Assim, sua pesquisa com a poesia, teatro, danças, música e até o áudio-visual (cuja exploração é mais recente) se deram muitas vezes em ambientes alternativos, em bares, raves, ruas e outros. Atualmente dedica-se ao show AURORA onde procura agregar todas as vertentes de sua pesquisa tendo como temática o momento de transformação intensa que o mundo está passando.
www.myspace.com/projetoaurora
http://projetoaurora.blogspot.com/

PERCUTINDO MUNDOS é um projeto experimental de música contemporânea caiçara que trabalha com o universo da percussão, poesia e filosofia. As composições obedecem a uma linha de percussão melódica, minimalista e tribal, refletindo a condição humana e suas relações entre ancestralidade e contemporaneidade. Márcio Barreto (composição, luthieria, voz, percussão, flauta, escaleta, rabeca), Fernando Santos (percussão), Paulo Infante (voz, percussão), Thais de Freitas (voz, percussão), Galeno Malfatti (luthieria, percussão).
http://percutindomundos.blogspot.com/


RÁDI OLIVEIRA - A autora por ela mesma: "Brasil, nordeste, mulher, negra, eu sou... além, amém." Era abril, tarde de 1980 quando nasci filha de Santo Amaro da Purificação-terra de Araújo, Bethania, Veloso... e Besouro Cordão de Ouro. Quando menina, seguindo meu pai, me perdi em Minas, Ceará, Paraná, em tantos lugares, e se deu em janeiro, tarde quase noite de 1995 quando me achei em Diadema. Para escrever Palavreiros e cantar Formigueiro, meu ser entre'versos foi se revelando humanamente melhor. Atualmente participa da organização de saraus no CEU – Alvarenga.
http://www.palavreiros.org/radi_oliveira.htm

RODRIGO BASAN, artista nascido em sampa, estreou na vida em 01/01/1982. Cresceu com influência de muita música. Apreciava desde infância (através dos long players), artistas como Maria Bethânia, Bebeto, Paulinho boca de cantor. Muito samba rock, entre outros. Autodidata, começou a carreira artística em meados de 1998 em grupos de samba... grupo erudito como o grão de mostarda, linha gospel, e finalmente na MPB. "Com sua voz grave e aveludada" e seu inseparável violão, segue com sua paixão pela música interpretando artistas renomados e suas composições.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PROGRESSÃO CONTINUADA

Aos alunos que "passam de ano" e estão felizes por isso.
Aos professores que mal se importam e trabalham à base de "bolinhas".
À falha educação de nosso país, que não forma cidadãos críticos, porque não é interessante formar gente que pensa.
Nosso "país do Carnaval", (com letra maiúscula mesmo), repete insessantemente:
"Eu não repito, eu não repito, eu não repito...", porque... é verdade! E viva a Progressão Continuada!
Segundo a banda Cavalo do Cão: "Um dia uns caras que usam terno e vivem no Planalto, aqueles mesmos caras que tem filhos que estudam em escolas particulares, alguns até no exterior, decidiram que tem o poder de decidir sobre a vida dos filhos dos outros, principalmente dos menos abastados, que não precisam de ensino para seu futuro. Sempre serão os mesmos e podem passar por sua vida escolar sem aprender nada. Assim, criaram uma lei chamada Progressão Continuada".
Então, pela Banda Cavalo do Cão - Progressão Continuada.

Pam Orbacam



"Nos últimos anos do século XX, sob o impacto das enormes mudanças ocorridas na sociedade, do avanço da tecnologia e meios de comunicação de massa, da constatação cada vez mais óbvia de que a sociedade do futuro será a do conhecimento e que este determinará a riqueza das nações, é promulgada uma nova Lei de Diretrizes e Bases Nacionais (LDB) aprovada em 1996, sob a inspiração do educador Darcy Ribeiro. A nova LDB foi exaustivamente debatida pela sociedade e trouxe os primeiros ventos de modernização e real democratização para o sistema educacional brasileiro recebendo a aprovação do Congresso Nacional, das entidades de classe e de todos os diferentes partidos políticos.É, portanto, na LDB de 1996, que já estão inscritas e garantidas as diferentes formas de organização do ensino que ampliam as possibilidades de avanço e respeito à aprendizagem dos alunos. É nela que está claramente proposta a aprendizagem em progressão continuada na forma de ciclos. Lá estão apontadas, também, as formas de fazê-lo com sucesso: ampliação da jornada escolar, a recuperação paralela e contínua dos alunos com dificuldades de aprendizagem, as horas de trabalho coletivo remunerado do professor para avaliação e capacitação; a proposta de esquemas de aceleração de aprendizagem para alunos multirrepetentes com grande defasagem idade-série; além do direito à reclassificação de estudos para todos aqueles que conseguiram aprender independentemente da freqüência às escolas. É uma lei revolucionária, que buscava provocar enormes mudanças no sistema educacional brasileiro, na medida em que refletia o espírito de seu patrono: criar condições de acesso ao conhecimento para toda a população, o que até então a escola brasileira fora incapaz de fazer."
Fonte: http://www.centrorefeducacional.com.br/progrcont.htm

PROGRESSÃO CONTINUADA

Aos alunos que "passam de ano" e estão felizes por isso.
Aos professores que mal se importam e trabalham à base de "bolinhas".
À falha educação de nosso país, que não forma cidadãos críticos, porque não é interessante formar gente que pensa.
Nosso "país do Carnaval", (com letra maiúscula mesmo), repete insessantemente:
"Eu não repito, eu não repito, eu não repito...", porque... é verdade! E viva a Progressão Continuada!
Segundo a banda Cavalo do Cão: "Um dia uns caras que usam terno e vivem no Planalto, aqueles mesmos caras que tem filhos que estudam em escolas particulares, alguns até no exterior, decidiram que tem o poder de decidir sobre a vida dos filhos dos outros, principalmente dos menos abastados, que não precisam de ensino para seu futuro. Sempre serão os mesmos e podem passar por sua vida escolar sem aprender nada. Assim, criaram uma lei chamada Progressão Continuada".
Então, pela Banda Cavalo do Cão - Progressão Continuada.

Pam Orbacam



"Nos últimos anos do século XX, sob o impacto das enormes mudanças ocorridas na sociedade, do avanço da tecnologia e meios de comunicação de massa, da constatação cada vez mais óbvia de que a sociedade do futuro será a do conhecimento e que este determinará a riqueza das nações, é promulgada uma nova Lei de Diretrizes e Bases Nacionais (LDB) aprovada em 1996, sob a inspiração do educador Darcy Ribeiro. A nova LDB foi exaustivamente debatida pela sociedade e trouxe os primeiros ventos de modernização e real democratização para o sistema educacional brasileiro recebendo a aprovação do Congresso Nacional, das entidades de classe e de todos os diferentes partidos políticos.É, portanto, na LDB de 1996, que já estão inscritas e garantidas as diferentes formas de organização do ensino que ampliam as possibilidades de avanço e respeito à aprendizagem dos alunos. É nela que está claramente proposta a aprendizagem em progressão continuada na forma de ciclos. Lá estão apontadas, também, as formas de fazê-lo com sucesso: ampliação da jornada escolar, a recuperação paralela e contínua dos alunos com dificuldades de aprendizagem, as horas de trabalho coletivo remunerado do professor para avaliação e capacitação; a proposta de esquemas de aceleração de aprendizagem para alunos multirrepetentes com grande defasagem idade-série; além do direito à reclassificação de estudos para todos aqueles que conseguiram aprender independentemente da freqüência às escolas. É uma lei revolucionária, que buscava provocar enormes mudanças no sistema educacional brasileiro, na medida em que refletia o espírito de seu patrono: criar condições de acesso ao conhecimento para toda a população, o que até então a escola brasileira fora incapaz de fazer."
Fonte: http://www.centrorefeducacional.com.br/progrcont.htm

sábado, 5 de dezembro de 2009

INSANIDADE



Insanidade: alienação, demência, doidice, loucura, mania, piração, psicose, delírio...

Deito em meu colchão fino acomodado no chão. Único objeto no quarto. Não consigo dormir. Toda noite é assim. É imediato: logo após me acomodar no colchão meus olhos saltam das órbitas e impedem então o tão esperado abraço de minhas pálpebras.
Fico assim, com os olhos arregalados, voltados para o teto embolorado. O quarto é úmido e tem um cheiro que me remete à infância: cheiro de cachorro molhado que dilacera a coleira com os dentes no desejo incontrolável de atender ao convite dos campos gramados à frente da sua prisão. Amolece a coleira de couro com a própria saliva até que ela cede ao atrito dos dentes afiados e então corre pelos campos, voltando somente após o término da chuva de verão direto para os meus braços, com uma felicidade estampada em seus olhos caninos que nunca vi refletida nos meus ao olhar para o espelho...
O teto úmido do meu quarto tem pequenas manchas de bolor do tamanho aproximado de azeitonas e eu tenho a missão de contás-las todas as noites. Conto uma vez: 187 manchas. Reconto para certificar-me que não me esqueci de contar nenhuma: 187 manchas. Mas o quarto É úmido e certamente mais dia menos dia a quantidade de manchas VAI aumentar, então eu as conto todas as noites para me certificar que TODAS elas estão ali, que NENHUMA desapareceu (afinal de contas, o quarto É úmido...) e eu preciso saber exatamente quando surgirá uma nova mancha.
Ansioso e precavido, deixo sempre ao meu lado uma folha de papel e um toco de lápis (mal apontado). É preciso anotar o dia exato do surgimento da nova mancha, e depois anotar os surgimentos subseqüentes.
Tendo a média de intervalos entre o surgimento de uma nova mancha e outra será possível então calcular quando o teto estará todo preenchido por manchas de bolor, e isso é essencial para o ser insone que aqui vos fala, pois, tendo idéia de quando isso irá acontecer poderei com antecedência procurar por outro quarto úmido, visto que seria uma completa doidice ficar deitado num quarto com os olhos esbugalhados alimentando a abstinência sexual de minhas pálpebras com um teto todo negro de bolor sem manchas novas para contar.
Não, isso não é loucura não... Não. Não é... Definitivamente NÃO É LOUCURA. Loucura seria ficar deitado num quarto sem manchas de bolor no teto. Louco seria eu se permitisse a chegada do dia em que eu não tivesse mais manchas de bolor para contar. Sim, isso é loucura!
É por isso que eu conto. 187 manchas. Reconto... 187 manchas... Reconto novamente... 187 manchas... 187 manchas... 187 manchas... 187 manchas... 187 manchas...



Pam Orbacam

INSANIDADE



Insanidade: alienação, demência, doidice, loucura, mania, piração, psicose, delírio...

Deito em meu colchão fino acomodado no chão. Único objeto no quarto. Não consigo dormir. Toda noite é assim. É imediato: logo após me acomodar no colchão meus olhos saltam das órbitas e impedem então o tão esperado abraço de minhas pálpebras.
Fico assim, com os olhos arregalados, voltados para o teto embolorado. O quarto é úmido e tem um cheiro que me remete à infância: cheiro de cachorro molhado que dilacera a coleira com os dentes no desejo incontrolável de atender ao convite dos campos gramados à frente da sua prisão. Amolece a coleira de couro com a própria saliva até que ela cede ao atrito dos dentes afiados e então corre pelos campos, voltando somente após o término da chuva de verão direto para os meus braços, com uma felicidade estampada em seus olhos caninos que nunca vi refletida nos meus ao olhar para o espelho...
O teto úmido do meu quarto tem pequenas manchas de bolor do tamanho aproximado de azeitonas e eu tenho a missão de contás-las todas as noites. Conto uma vez: 187 manchas. Reconto para certificar-me que não me esqueci de contar nenhuma: 187 manchas. Mas o quarto É úmido e certamente mais dia menos dia a quantidade de manchas VAI aumentar, então eu as conto todas as noites para me certificar que TODAS elas estão ali, que NENHUMA desapareceu (afinal de contas, o quarto É úmido...) e eu preciso saber exatamente quando surgirá uma nova mancha.
Ansioso e precavido, deixo sempre ao meu lado uma folha de papel e um toco de lápis (mal apontado). É preciso anotar o dia exato do surgimento da nova mancha, e depois anotar os surgimentos subseqüentes.
Tendo a média de intervalos entre o surgimento de uma nova mancha e outra será possível então calcular quando o teto estará todo preenchido por manchas de bolor, e isso é essencial para o ser insone que aqui vos fala, pois, tendo idéia de quando isso irá acontecer poderei com antecedência procurar por outro quarto úmido, visto que seria uma completa doidice ficar deitado num quarto com os olhos esbugalhados alimentando a abstinência sexual de minhas pálpebras com um teto todo negro de bolor sem manchas novas para contar.
Não, isso não é loucura não... Não. Não é... Definitivamente NÃO É LOUCURA. Loucura seria ficar deitado num quarto sem manchas de bolor no teto. Louco seria eu se permitisse a chegada do dia em que eu não tivesse mais manchas de bolor para contar. Sim, isso é loucura!
É por isso que eu conto. 187 manchas. Reconto... 187 manchas... Reconto novamente... 187 manchas... 187 manchas... 187 manchas... 187 manchas... 187 manchas...



Pam Orbacam

Creo




La figura de Cristo nunca fue retratada del natural. No existe representación alguna realizada en su tiempo y tampoco hay de él ninguna descripción física. Y sin embargo existen de él muchos retratos.

De él hay imágenes de rasgos africanos, orientales o europeos, de pelo rubio, pelirrojo o moreno… cada pueblo y cada época lo ha imaginado a semejanza de su propia cultura, sin provocar con ello contradicción alguna.
Las ideas que los seres humanos tenemos de él son variadas: Dios encarnado, esquema de redención, hombre todopoderoso, salvador, reformador, el creador, modelo de divinidad, el milagro de la fe, gran maestro, ejemplo de caridad, el amante de sus enemigos, sabio subversivo, el gran profeta, revolucionario, mártir o un hombre que con sus enseñanzas y su ejemplo convirtió a muchos al Cristianismo. (...)

Por Ana Andrés
http://www.aadwebmasters.com/anaandres/new.htm

Creo




La figura de Cristo nunca fue retratada del natural. No existe representación alguna realizada en su tiempo y tampoco hay de él ninguna descripción física. Y sin embargo existen de él muchos retratos.

De él hay imágenes de rasgos africanos, orientales o europeos, de pelo rubio, pelirrojo o moreno… cada pueblo y cada época lo ha imaginado a semejanza de su propia cultura, sin provocar con ello contradicción alguna.
Las ideas que los seres humanos tenemos de él son variadas: Dios encarnado, esquema de redención, hombre todopoderoso, salvador, reformador, el creador, modelo de divinidad, el milagro de la fe, gran maestro, ejemplo de caridad, el amante de sus enemigos, sabio subversivo, el gran profeta, revolucionario, mártir o un hombre que con sus enseñanzas y su ejemplo convirtió a muchos al Cristianismo. (...)

Por Ana Andrés
http://www.aadwebmasters.com/anaandres/new.htm

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MARIANA



Cabelos lisos,

Boca rosada

Lá vai ela!

Pele clara,

Mãos geladas

Assim é ela

Um pranto

Que no colo

Eu acalanto,

Ou um sorriso

Que me leva ao paraíso.

Do meu ventre ao meu seio,

Do meu seio ao meu colo,

Do meu colo pra o mundo.

Assim é ela!

Fortaleza,

Fragilidade,

Singularidade.

Mariana.




PAM ORBACAM

MARIANA



Cabelos lisos,

Boca rosada

Lá vai ela!

Pele clara,

Mãos geladas

Assim é ela

Um pranto

Que no colo

Eu acalanto,

Ou um sorriso

Que me leva ao paraíso.

Do meu ventre ao meu seio,

Do meu seio ao meu colo,

Do meu colo pra o mundo.

Assim é ela!

Fortaleza,

Fragilidade,

Singularidade.

Mariana.




PAM ORBACAM

FELINOS




Luna acomoda-se ao lado direito do encosto do sofá e é de lá ela observa tudo. Posiciona-se como uma lady, até que se entedia, abre as patinhas da frente assim como as de trás, ajeitando-se perfeitamente à curvatura do encosto do sofá.


Gaia, lânguida e longilínea dirige-se da cozinha para a sala. Esconde-se no cobertor que cobre o sofá até que consegue irritar Luna de tal forma que a faz descer de seu local predileto.




Luna resmunga (delicadamente), Gaia responde (escandalosamente).

Luna resmunga novamente (como uma lady), Gaia responde novamente (como uma street cat).

Eu continuo de fronte a meu computador. Luna aproxima-se felinamente. Caminha com doçura, seus sapatinhos são peludos. Equilibra-se sobre suas patas traseiras, me diz algo e me toca sutilmente com uma de suas patinhas. Deseja ser acariciada. Satisfaço sua vontade. Ela não foge, rende-se ao prazer das minhas carícias com feições quase orgásmicas.

Digo a ela o quanto admiro sua educação e elegância.




Todos os dias pela manhã ela pula sobre a tampa do vaso sanitário do banheiro da área de serviço sem produzir o menor ruído para que possa me observar com clareza a recolher suas obras fecais. Então eu digo: bom dia. Ela responde graciosamente encostando o focinho preto e gelado em meu nariz e fica ali olhando, inspecionando cada movimento meu aplicado no procedimento de limpeza fecal.

Simultaneamente, Gaia brinca na cozinha com a embalagem do Kinder Ovo que eu comi na noite anterior. Prova ocular da infeliz tentativa de montar o mini brinquedo que veio dentro dele como brinde.

Gaia não gosta muito de meus afagos. Prefere as lambidas ásperas e molhadas de Luna. Passa o dia a me evitar, aquela danadinha. Ela é estabanada. Não tem bons modos e não demonstra elegância em seus movimentos. Não tem postura ao sentar-se, corre como uma raposa mal alimentada e dorme muito pouco, de tão desconfiada que é.

Tem fixação por sacos de lixo (com lixo dentro) assim como as mulheres mal amadas por chocolate. As mulheres mal amadas copulam com doces à base de cacau e Gaia copula com sacos de lixo (com lixo dentro). Até hoje não consegui concluir o que é menos humilhante.




Houve um dia em que Gaia encaixou a cabeça num saco vazio de ração e não conseguiu tira-lo. Ficou andando às cegas pela casa, derrubando e quebrando tudo o que encontrava pela frente até que resolveu esperar, dentro do cesto de roupas sujas, que alguém aparecesse para socorrê-la. Comicamente trágico.

Gaia apresenta um temperamento bastante imediatista. Não espera por ninguém nem por nada. Quer resolver seus assuntos por si só e rapidamente. O saco de ração foi conseqüência deste comportamento ansioso de minha lânguida street cat. Os felinos são criaturas encantadoras pelo modo como se movimentam e como se comunicam. Às vezes ficam parados por um bom tempo sem movimentar nenhum músculo, mexendo apenas as orelhas para os lados e para a frente. Não patinam quando correm e não emitem som inutilmente como os cães. Não são inconvenientes e não tentam copular com a sua perna.

Quando fazem sexo, gemem como prostitutas, mas não fingem sentir prazer. Já os cães, babam ofegantemente como bêbados em prostíbulos pulguentos roçando suas genitálias ensebadas e semi-rígidas em vaginas já gozadas por outros bêbados que se consideram mais espertos por terem conseguido se embriagar antes deles.

Felinos fazem sexo como amantes. E amantes fazem sexo com sensualidade, abarrotados pelo desejo acumulado e antes copulado mentalmente para depois realiza-lo fisicamente, envolvidos pelo apetitoso odor sexual e banhados por abundante secreção genital. Gemem antes, durante e após o gozo e misturam quimicamente seus líquidos sudoríparos com seus néctares orgásmicos.

Os felinos espremem os olhos à luz do sol e preferem nitidamente a noite ao dia. É quando ficam mais dispostos, mais ativos. É quando há menos barulho. O barulho os incomoda. São sensíveis.

Além disso, eles não gostam de companhia. São criaturas solitárias, mas não recusam o carinho do dono, nem insistem por afago quando o dono está mal humorado. Eles simplesmente ficam bem, assim, sós.

Acho que por isso gosto tanto dos felinos, em especial dos meus. Eles são parecidos comigo.






PAM ORBACAM

FELINOS




Luna acomoda-se ao lado direito do encosto do sofá e é de lá ela observa tudo. Posiciona-se como uma lady, até que se entedia, abre as patinhas da frente assim como as de trás, ajeitando-se perfeitamente à curvatura do encosto do sofá.


Gaia, lânguida e longilínea dirige-se da cozinha para a sala. Esconde-se no cobertor que cobre o sofá até que consegue irritar Luna de tal forma que a faz descer de seu local predileto.




Luna resmunga (delicadamente), Gaia responde (escandalosamente).

Luna resmunga novamente (como uma lady), Gaia responde novamente (como uma street cat).

Eu continuo de fronte a meu computador. Luna aproxima-se felinamente. Caminha com doçura, seus sapatinhos são peludos. Equilibra-se sobre suas patas traseiras, me diz algo e me toca sutilmente com uma de suas patinhas. Deseja ser acariciada. Satisfaço sua vontade. Ela não foge, rende-se ao prazer das minhas carícias com feições quase orgásmicas.

Digo a ela o quanto admiro sua educação e elegância.




Todos os dias pela manhã ela pula sobre a tampa do vaso sanitário do banheiro da área de serviço sem produzir o menor ruído para que possa me observar com clareza a recolher suas obras fecais. Então eu digo: bom dia. Ela responde graciosamente encostando o focinho preto e gelado em meu nariz e fica ali olhando, inspecionando cada movimento meu aplicado no procedimento de limpeza fecal.

Simultaneamente, Gaia brinca na cozinha com a embalagem do Kinder Ovo que eu comi na noite anterior. Prova ocular da infeliz tentativa de montar o mini brinquedo que veio dentro dele como brinde.

Gaia não gosta muito de meus afagos. Prefere as lambidas ásperas e molhadas de Luna. Passa o dia a me evitar, aquela danadinha. Ela é estabanada. Não tem bons modos e não demonstra elegância em seus movimentos. Não tem postura ao sentar-se, corre como uma raposa mal alimentada e dorme muito pouco, de tão desconfiada que é.

Tem fixação por sacos de lixo (com lixo dentro) assim como as mulheres mal amadas por chocolate. As mulheres mal amadas copulam com doces à base de cacau e Gaia copula com sacos de lixo (com lixo dentro). Até hoje não consegui concluir o que é menos humilhante.




Houve um dia em que Gaia encaixou a cabeça num saco vazio de ração e não conseguiu tira-lo. Ficou andando às cegas pela casa, derrubando e quebrando tudo o que encontrava pela frente até que resolveu esperar, dentro do cesto de roupas sujas, que alguém aparecesse para socorrê-la. Comicamente trágico.

Gaia apresenta um temperamento bastante imediatista. Não espera por ninguém nem por nada. Quer resolver seus assuntos por si só e rapidamente. O saco de ração foi conseqüência deste comportamento ansioso de minha lânguida street cat. Os felinos são criaturas encantadoras pelo modo como se movimentam e como se comunicam. Às vezes ficam parados por um bom tempo sem movimentar nenhum músculo, mexendo apenas as orelhas para os lados e para a frente. Não patinam quando correm e não emitem som inutilmente como os cães. Não são inconvenientes e não tentam copular com a sua perna.

Quando fazem sexo, gemem como prostitutas, mas não fingem sentir prazer. Já os cães, babam ofegantemente como bêbados em prostíbulos pulguentos roçando suas genitálias ensebadas e semi-rígidas em vaginas já gozadas por outros bêbados que se consideram mais espertos por terem conseguido se embriagar antes deles.

Felinos fazem sexo como amantes. E amantes fazem sexo com sensualidade, abarrotados pelo desejo acumulado e antes copulado mentalmente para depois realiza-lo fisicamente, envolvidos pelo apetitoso odor sexual e banhados por abundante secreção genital. Gemem antes, durante e após o gozo e misturam quimicamente seus líquidos sudoríparos com seus néctares orgásmicos.

Os felinos espremem os olhos à luz do sol e preferem nitidamente a noite ao dia. É quando ficam mais dispostos, mais ativos. É quando há menos barulho. O barulho os incomoda. São sensíveis.

Além disso, eles não gostam de companhia. São criaturas solitárias, mas não recusam o carinho do dono, nem insistem por afago quando o dono está mal humorado. Eles simplesmente ficam bem, assim, sós.

Acho que por isso gosto tanto dos felinos, em especial dos meus. Eles são parecidos comigo.






PAM ORBACAM

CASA DA PALAVRA

Convite:


Oficina: Confecção de Livros Artesanais com Material Reciclado

Dia 04 de dezembro, das 19h às 21h

A palestrante Lúcia Rosa falará sobre seu projeto Dulcinéia Catadora, por meio do qual se produzem livros poéticos com materiais recicláveis e sucata, que normalmente encaramos como “lixo”, sem reconhecer seu aproveitamento artístico. Haverá também a apresentação de um filme no qual são mostradas poesias de Augusto de Campos em ritmo de Rap.



● Aproveito a oportunidade para lembrar aos alunos que amanhã, dia 3 de dezembro, terá início o curso Oralidades em trânsito – Módulo III: Métodos e aplicações, com a temática “Os diferentes projetos em História Oral: exemplos”.



Para maiores informações ligue: 4992-7218



A Casa da Palavra é um espaço público dedicado a uma programação de cunho cultural, localizada na Praça do Carmo, 171- Centro – Santo André - SP.
O seu trabalho de difusão e de formação é voltado ao atendimento dos apreciadores e produtores da literatura, pesquisadores, pensadores, estudantes, enfim aos mais diversos amantes da palavra e suas vertentes.


Ela abriga em seu espaço a Escola Livre de Literatura (ELL), que se destina a formação e difusão da Arte da Literatura em seus diversos meios.


Venha conhecer a Casa da Palavra e a Escola Livre de Literatura, estamos abertos a novas idéias!


Este espaço é um equipamento da Secretaria de Cultura Esportes e Lazer da Prefeitura Municipal de Santo André


Contatos:
Cassiano Ricardo Tirapani (coordenador da Casa da Palavra):
crtirapani@gmail.com
Dayse von Ancken Salgado (coordenadora da ELL)
dayse.salgado@gmail.com


Telefone: 4992-7218 (Sérgio ou Suely)


Visite também o nosso blog: http://casadapalavrasa.blogspot.com/

Por Cassiano Ricardo

CASA DA PALAVRA

Convite:


Oficina: Confecção de Livros Artesanais com Material Reciclado

Dia 04 de dezembro, das 19h às 21h

A palestrante Lúcia Rosa falará sobre seu projeto Dulcinéia Catadora, por meio do qual se produzem livros poéticos com materiais recicláveis e sucata, que normalmente encaramos como “lixo”, sem reconhecer seu aproveitamento artístico. Haverá também a apresentação de um filme no qual são mostradas poesias de Augusto de Campos em ritmo de Rap.



● Aproveito a oportunidade para lembrar aos alunos que amanhã, dia 3 de dezembro, terá início o curso Oralidades em trânsito – Módulo III: Métodos e aplicações, com a temática “Os diferentes projetos em História Oral: exemplos”.



Para maiores informações ligue: 4992-7218



A Casa da Palavra é um espaço público dedicado a uma programação de cunho cultural, localizada na Praça do Carmo, 171- Centro – Santo André - SP.
O seu trabalho de difusão e de formação é voltado ao atendimento dos apreciadores e produtores da literatura, pesquisadores, pensadores, estudantes, enfim aos mais diversos amantes da palavra e suas vertentes.


Ela abriga em seu espaço a Escola Livre de Literatura (ELL), que se destina a formação e difusão da Arte da Literatura em seus diversos meios.


Venha conhecer a Casa da Palavra e a Escola Livre de Literatura, estamos abertos a novas idéias!


Este espaço é um equipamento da Secretaria de Cultura Esportes e Lazer da Prefeitura Municipal de Santo André


Contatos:
Cassiano Ricardo Tirapani (coordenador da Casa da Palavra):
crtirapani@gmail.com
Dayse von Ancken Salgado (coordenadora da ELL)
dayse.salgado@gmail.com


Telefone: 4992-7218 (Sérgio ou Suely)


Visite também o nosso blog: http://casadapalavrasa.blogspot.com/

Por Cassiano Ricardo

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Garganta da Serpente




Confira as novidades de 2 de dezembro de 2009: A Toca da Serpente.: http://www.gargantadaserpente.com/toca/
Novos poemas de: Abilio Terra Junior, Affonso Romano de Sant'Anna, Armando Sousa, Assis, Dalva Agne Lynch, Francisco Dellanno, Lau Siqueira, Lilian Maial Cobra Cordel.:http://www.gargantadaserpente.com/cordel/
Cordel para Rimbaud (Gustavo Dourado)
Veneno Cronico.: http://www.gargantadaserpente.com/veneno/
 A Preguicosa Poetica de Barreirinhas (Aurora Miranda Leao)- Em silencio tudo falamos (Marcial Salaverry)
 Cobra Cega.:http://www.gargantadaserpente.com/cega/
Todo dia um poema diferente A Boca do Crocodilo.:http://www.gargantadaserpente.com/boca/
Todos os dias, 5 citacoes diferentes: "A posse de um livro e um bom substituto para a sua leitura"(Anthony Burgess)
(Por Agostina.)
A Garganta da Serpente
http://www.gargantadaserpente.com

Garganta da Serpente




Confira as novidades de 2 de dezembro de 2009: A Toca da Serpente.: http://www.gargantadaserpente.com/toca/
Novos poemas de: Abilio Terra Junior, Affonso Romano de Sant'Anna, Armando Sousa, Assis, Dalva Agne Lynch, Francisco Dellanno, Lau Siqueira, Lilian Maial Cobra Cordel.:http://www.gargantadaserpente.com/cordel/
Cordel para Rimbaud (Gustavo Dourado)
Veneno Cronico.: http://www.gargantadaserpente.com/veneno/
 A Preguicosa Poetica de Barreirinhas (Aurora Miranda Leao)- Em silencio tudo falamos (Marcial Salaverry)
 Cobra Cega.:http://www.gargantadaserpente.com/cega/
Todo dia um poema diferente A Boca do Crocodilo.:http://www.gargantadaserpente.com/boca/
Todos os dias, 5 citacoes diferentes: "A posse de um livro e um bom substituto para a sua leitura"(Anthony Burgess)
(Por Agostina.)
A Garganta da Serpente
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

LIVRE PENSAR LITERÁRIO



Nova Coletânea traz as OBRAS de Fernando Soares Campos às páginas de sua 5ª Antologia Literária

Você já leu um novo autor esse ano? Acredita que a literatura brasileira não precisa renovar? Tudo o que tinha de ser dito os clássicos já disseram?
Bem, eu posso convencê-lo do contrário.
Nas vias virtuais há um autor que está se antecipando à mídia e aos informes institucionais publicitários para dizer qual é a notícia mais relevante, onde o vento anda fazendo a curva, quem tem protagonizado as mazelas sociais deste país...
Não se deixe enganar... Literatura com interdisciplinaridade, enfoque objetivo, sátira e bom humor você encontra nos ensaios narrativos de Fernando Soares Campos. Através da estilísitca muito peculiar que adota em suas composições traça uma caricatura da vida política, elegendo personagens bem próximos da nossa realidade atual.
Fernando estará na 5ª antologia do Projeto Nova Coletânea junto a um grupo seleto de escritores. "Livre Pensar Literário", o título já diz tudo... E você o que tem a dizer? Venha para a Nova Coletânea, seja como autor ou como leitor, porque nossas páginas querem abrir um mundo diverso para você. Confira!
Uma grande aventura literária se inicia agora em nosso país e, por que não dizer, pelo mundo. Um grupo descolado de autores que acreditam no seu potencial resolveu vir à tona e ocupar o espaço que lhe é devido.
De diversas regiões do país, incluindo países da Europa, Asia, África, América Latina e América do Norte, escritores de contos, crônicas e poemas mostram a que vieram, publicando em conjunto um livro que vai dar o que falar:
Já pensou por um momento em ser livre para falar e mostrar o que pensa sobre a vida ao mundo, por meio da palavra impressa e eternizar esse pensamento para que futuras gerações saibam a sua versão da história.
Pois bem, como o jovem escritor Kesso (Auricélio) de Fortaleza bem explica em seu poema "Palavras" se soubéssemos a importância dela, pensaríamos bem, muito bem antes de falar algo.
A antologia é um marco nas ações do Projeto Nova Coletânea e produzirá sua 5ª edição, ultrapassando o número anterior de 118 autores e 170 OBRAS publicadas, além de chegar a mais três continentes.

Nesta antologia chegaremos através de nossas páginas a:
América do Sul - América Latina - América do Norte (novo) - Europa - Ásia (novo) - África (novo)
Em vários países:
Argentina - Brasil - Espanha - Japão - México - Moçambique
Alcançaremos novos Estados brasileiros:
Paraná - Paraíba - Ceará - Santa Catarina
Homenagearemos uma brilhante autora mineira:

CIRENE FERREIRA ALVES
(Academia de Letras de Viçosa)
Fernando Soares Campos
Representante do Estado Rio de Janeiro
Sua OBRA na antologia é:
"A Lógica da Plataforma Eleitoral"
Os autores selecionados para a antologia:

01 Crepe da China – Cirene Ferreira Alves
02 Poderosos Palradores – Constança Chaves
03 Avesso – Rozimar Gomes
04 O Poder de Ouvir – Flávia Simplicio
05 Alma em Vitral - Maria Geilza
06 Pensamento à toa - Júlio de Castro Paixão
07 Tereza - Cirene Ferreira Alves
08 Cidade de Pedras - Íris Maikon
09 Verso Calado - Soninha Porto
10 A Lógica da Plataforma Eleitoral - Fernando Soares Campos
11 A Geografia da Língua Portuguesa - Neri França
12 Desde os Idos da Torre de Babel - J. Levy
13 A Lenda do Olho D'água - Júnior Fonseca
14 Tristeza & Borboleta - Marla Rebel
15 Abandonada - Suely Ribella Lima
16 Procuras - Soninha Porto
17 Minicontos à beira-mar - Wilson Gorj
18 Se Eu Fosse e Pudesse - Rozimar Gomes
19 Cuida-te de Ti - Íris Maikon
20 A Gaveta Assassina – Aristides Ferreira Filho
21 Misteriosa Arte - Ângelo José de Carvalho
22 Crucificado - Dora Dimolitsas
23 A Prostituta - Cilla Adriana Alves
24 Visitinhas de Dona Zefa - Maria Angélica
25 Palavras - Auricélio Silvestre dos Santos
26 Tau - Júnior Fonseca
27 Arte de Viver - Flávia Simplicio
28 Celebração - Suely Ribella Lima
29 Sabrina Tentando Sobreviver - Mariano P. Sousa
30 Purpurina - Carla Ivana
31 Mentiras - Suely Ribella Lima
32 Dor de Amor - Renata Ragagnin
33 Para um Mundo Melhor - Flávia Simplicio
34 Filha da Lua - Ivaneti Nogueira
35 Espelho de Riacho - Júnior Fonseca
36 O Baú das Canções Celestinas - Edir Resende
37 Um Dia na Roça - Ângela Togueiro
38 Velho Jornal de Amanhã - Herbert Sena Silva
39 Lembranças dos Solitários Sonhos Póstumos - Íris Maikon
40 Minicontos à beira-rio - Wilson Gorj
41 Saudades de Minha Casa - Íris Maikon
42 Razão - Flávia Simplicio
43 Menino Aquário - Juan Guinot
44 Tempo - Maria Geilza
45 O Catador - Roberto Siuves
46 O Boi, a Estrada e o Berrante Bravo - José Mauro
47 Quando Você se Foi - Íris Maikon
48 A Caminho do Martírio - Samuel C. Costa
49 A Natureza - Júlia de Freitas
50 Amor Sincero - Osvaldo Lima da Silva
51 Enquanto a Luz se Vai Acesa... - Iasmine Zaidan
52 Saudades do Pai Amado - José Mauro
53 Beco sem Saída - Adérito Mazive
54 O Menino do Futuro - Dhiego José Caetano
55 Seja como for - Flávia Simplicio
56 O Encontro - Heraldo Jannotti
57 A Química em Minha Vida – Josimar Santos
58 O Dono da Clepsidra - Juan Guinot
59 Contrato do Relacionamento Perfeito – Marla Rebel
60 Niñez Mancillada - (Zeltia Gaias) Sandra Rey Mosteiro
61 A Caminhada Interrompida - Mariano P. Sousa
62 Estella - Diana Rios
63 Mktlove - Juan Guinot
64 Eu, Navegante - Valdeck Almeida de Jesus
65 Senhora - Carlos Conrado
66 Introduction of Maya's Universe - Maya Murofushi
67 Eu Vi – Bruno Resende Ramos
68 Sustentabilidade - Bruno Resende Ramos

http://alikaparvaneh.multiply.com/journal/item/84/84
Texto Produzido pelos organizadores do Projeto Nova Coletânea

http://assazatroz.blogspot.com/
http://santanadoipanema.blogspot.com/
http://pressaa.blogspot.com/


Por Bruno Resende Ramos