sábado, 5 de junho de 2010


Mais uma vez



Insônia mais uma vez.
Durante o dia minha cabeça parece não funcionar direito pra quase nada, porém quando deito em minha cama e penso comigo mesma: "vou dormir"... F O D E U!
Meu cérebro começa a girar como a hélice de um helicóptero, tuiiiiiimmmmmmmmm... Passa tanta coisa, pela minha cabeça, tudo tão misturado... Parece um vômito! Bláhhh, Huugggooo!
Enfim, então inicio meu processo de concentração e separação de idéias (já que sei que não vou conseguir dormir mesmo...).
Partindo do princípio da minha comparação (vômito) separemos o líquido do sólido primeiro...
Na verdade, durante o dia há tanto barulho, informação, obrigação, responsabilidade que não resta tempo para "a gavetinha do coração" abrir. Pobrezinha... Fica esquecida, tímida, fechadinha (embora o coração sinta as emoções lá dentro se mexendo, cutucando, querendo sair...). Então chega a noite e ela não abre. Ela definitivamente ESCANCARA, revoltada, solta as amarras e soca todos os neurônios como quem diz: “porra, meu, será que agora dá”? Hei! Sou eu! EU!
E não pensem que isso é fácil assim não. Até chegar à idéia principal demora um bom tempo, porque tenho primeiro que descobrir o que é que "tá pegando". Feito isto, começo a compreender os fragmentos e flashes "vomitados".
É um quebra-cabeça. Junta aqui, separa ali, junta de novo, separa de novo (haja folha!). Risca ali, acrescenta aqui... (sou perfeccionista neste sentido). É um árduo trabalho. Quando percebo lá se foi meio caderno riscado pra sair em média uma folha, uma folha e meia, às vezes nem isso.
Mas sai. Ufa! Que alívio! Parece mesmo que sofri toda a dor de um parto, as contrações, a dilatação até chegar à expulsão final da cria, que ainda deve ser limpa, amamentada e acalentada.
Mas nasceu de mim... Fruto meu... Bom ou não, no que vai dar, Whatever!
Ah! Detalhe: não se esqueçam que a gestação leva tempo. Não é como fritar pastel, um atrás do outro.
É parto mesmo! Exige todo um processo. Processo de vivência, existência concretismo e abstracionismo.
Bem...
Acho que é mais ou menos isso.
Preciso dormir...
Preciso dormir...
Hoje, sem dor de parto.
Ao menos hoje.

PAM

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