quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Instinto






Eu gostaria de ser má. Mas não consigo. As pessoas más agem de má fé, aproveitam-se da bondade, da sinceridade e honestidade dos outros. Não consigo. Talvez seja um defeito meu de fabricação. Vejo muito mais pessoas más do que boas. Quem sabe um dia eu consiga, mas confesso que nao é meu desejo máximo de consumo.
Ser egoísta, pensar em si mesmo o tempo todo não se importando com o sentimento e o bem estar dos outros não faz parte de mim.
Mentir a ponto de achar que o mundo não é redondo e que um dia você encarará a verdade de frente é burrice. Existem os fortes e os fracos. Os que se acham fortes e os que se acham fracos. Achar-se forte é pretenção. A fortaleza origina-se da honestidade, sinceridade e verdade.
Eu amo, assim como odeio, e isso é um mal necessário ao ser humano. Não desejo o mal a ninguém, apenas o aprendizado que um dia inevitavelmente virá. Pena que tudo tem seu tempo e todos também o tem. Talvez um não coincide com o outro, mas o aprendizado é fatal, mesmo conduzido pela dor.
Desejamos que seja pela alegria.
Ignorar fatos, pessoas e atitudes tem sua consequência.
Eu não quero o mal. Nunca o quis.
Queria ser bicho, que naturalmente respeita, sem esforço ou por sentimento de culpa.
É, acho que sou bicho. Não consigo conviver com homens. Sinto receio, medo, angústia, não falo a mesma língua.
Esta espécie para mim é castigo. Mantenho minhas origens e instintos.


PAM

Obra Alan Cassiano
http://www.alancassiano.com

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