segunda-feira, 25 de abril de 2011

RITUAL




A moça, tal qual felino, estira as garras em sinal de ataque, mostra os dentes e rosna. Mostra ataque desprovido de deselegancia. Roça o corpo macio com suavidade, demonstrando desejo. Pede a mão com a cabeça, fecha os olhos ao cafuné recebido. Não tem pressa, esfrega o corpo insinuante em forma de pedido e espera pelo agrado.

Ronrona em sinal de prazer.

A moça, de pele branca, macia e cheirosa inicia o ritual. Uma dança provocante, úmida e quente.

Nega a saliva da boca desenhada e sorri, tudo a seu tempo. Crava as unhas e os dentes porque pode. Com sexo teso dentro dá prosseguimento ao ritual, que queima, eleva e provoca extase.

De olhos semi abertos continua a dança. Oferece a boca e gruda a pele. É recebida em transe. O ritual mágico provoca secreções, cantos e encantos.

A moça, tal qual felino, tem hálito morno, gestos sensuais e insinuantes que levam ao ápice.

Movimentos involuntários, sorriso e olhar terno revelam o final do ritual.

Aroma de café. Gosto de café. Sensação letárgica.

Tal qual felino, terminado o ritual, descrava as unhas e dentes e só, volta pra almofada.

Pam Orbacam.

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