domingo, 6 de junho de 2010


AUTOMATIZE



Quando se está só (pelo menos comigo é assim...) a cabeça da gente vira um amontoado de coisas, e eu odeio essa autonomia que ela tem de ficar revirando os cestos de roupas sujas cerebrais.
São nesses momentos que a gente se pega relembrando coisas, refletindo e viajando sobre elas.
Hoje mesmo eu estava pensando... Estou na maior fase do foda-se. Quando vi, já falei. Sem mesmo perceber, já reagi. E assim caminho, naturalmente na tecla do foda-se automático.
Pouco me importa se tenho que fazer pose, ter postura. Foda-se.
Estou nem aí se passo na praça Roosevelt e dou de cara com o Marcelo Rubens Paiva no maior papo cabeça na calçada com sua super hiper mega cadeira de rodas caríssima com uma garotinha que deveria estar na cama aquelas horas. Passo direto. Foda-se.
VocÊ não não gosta de mim? Foda-se.
Eu lhe incomodo? Foda-se.
Falei. Não gostou? Foda-se.
Fiz. Irritei? Foda-se.
Pouco me importa também se aquela grandona lá da prefeitura não quer me ver nem pintada de ouro na frente porque acredita que fiz coisas que não fiz. Foda-se.
Está incomodado com a fumaça do meu cigarro? Foda-se, afinal é VOCÊ que está incomodado, e não eu, portanto o problema é SEU.
Fez a escolha errada? Foda-se.
Fiz a escolha errada? Ah... foda-se também. Vivendo e aprendendo.
Tenho poucos amigos? Ah! Um grande foda-se. A gente na maoria das vezes se decepciona com eles.
Esse lance do foda-se é ótimo. Um brinde ao foda-se, graças à ele têm se a oportunidade de estar sempre bem.
Viva o foda-se! Automatize.

PAM

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