domingo, 6 de junho de 2010


FLORES



São flores.
Seus aromas seduzem
Suas cores encantam
Porém, o que me alucina nelas
É a perfeição da nuance das pétalas
É a meticulosidade da sobreposição delas
É a delicadeza do seu tempo.
Tudo milimetricamente planejado.
Elas morrem... No seu tempo.
Surge sempre outro botão
Aveludado, no chão
Adornado pelas pélatas
da flor que cumpriu seu tempo.
Não é preciso fazer nada,
Falar nada,
Tocar em nada.
Assim será também com o botão.
Ele terá o seu tempo.
E isso torna as flores eternas.
A solidão e o silêncio.

PAM

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