domingo, 10 de abril de 2011

Demonios




(Para André Orbacam)
Eu sinto muito.
Sinto muito por não ido até o fim. Sinto pela minha ausencia no momento, no seu momento.
Eu sinto muito, muito mesmo por estar sempre tão perto e ter fugido. Eu sempre fujo, voce que sempre me deteve, mas dessa vez não deu. Eu apenas fui, não deixei cartas, não deixei marcas, a não ser mágoas.
Eu sinto falta. Sinto falta da voz grave e sempre calma no meu ouvido pela manhã.
Eu sinto muito.
Eu sinto raiva. Sinto raiva por ter feito tudo sempre tão certo a ponto de dar errado.
Sinto vontade de escrever pra voce, mas hoje já não existe mais motivo, inspiração ou qualquer sopro de sua presença.
Às vezes acho que voce não existiu, apenas os seus demonios.

Pam Orbacam.

Um comentário:

Flávio Mello disse...

Hum... são o quê 7h 25 min, estou aplicando uma prova ao 3 ano do EM, alias... no note e eles fazendo a prova, é modernismo, 1 fase. Vim ver você, o texto da mãe, nossa... o teto. Mas, esse... esse é tão... (desculpe não sei o que é), apenas é... quem sabe um espelho de algo que vivo, ou de viverem de mim os demônios, também tenho os meus... e são tantos musa... nem tem como enumera-los... um deles é o escrever... acho que o último e menor... o viver.
Lendo isso pensei tanta coisa... mas deixemos para uma taça de vinho e um cigarro... entre livros, quem sabe.
Que alguém, pode ser o André, lhe faça o exorcismo... deve ser foda. Tenho medo de um dia no meu despertar deixar para trás os meus, tanto e tantos, demônios.